sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dogmas Mariano

D o g m a s   M a r i a n o s

A   M a t e r n i d a d e   D i v i n a  (Em 431)
              O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedônia e os de Constantinopla.
O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu:
             “Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.”
O Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lúmen Gentium, 66).

 A   V i r g i n d a d e   d e   M a r i a .(Em 7 de agosto de 1555)
O Papa Paulo VI proclamou o dogma, porém já havia sido estudado no Concílio de Calcedônia, Constantinopla (553) e Latrão (649).Em Roma
O dogma não se refere a pormenores do nascimento de Jesus e suas conseqüências físicas em Maria. Afirma positivamente que isso aconteceu sem que ela perdesse a integridade corporal, sinal externo de algo mais profundo: sua total consagração ao Senhor que opera maravilhas.
A virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de Deus na Encarnação. Jesus, o Novo Adão, inaugura pela sua concepção virginal o novo nascimento dos filhos de adoção no Espírito Santo pela fé (Lc 1,34).
Existem dois aspectos a serem apresentados a respeito da virgindade de Maria:
- Maria é virgem antes do parto, porque sua virgindade é o sinal da sua fé. É ela que lhe concede Tornar-se a Mãe do Salvador.
- Maria é ao mesmo tempo Virgem e Mãe, virgem no parto, por ser a figura e a mais perfeita realização da Igreja.
- Maria é virgem depois do parto; depois do nascimento de Jesus, Maria não teve outros filhos não consumou seu matrimonio com José.
Assim, quando Deus fez de Maria a Mãe de Jesus, por pura graça, tornou Maria de certo modo participante de sua fecundidade em relação ao Filho. Ela tornou-se assim, participante também de sua relação com aqueles que se tornam filhos no Filho, ou seja, os Batizados , a Igreja.
Santo Agostinho afirma: "A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua". A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela esta na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção.

 A   I m a c u l a d a   C o n c e i ç ã o
             O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus. “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus Onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis.”
Apesar da sua reconhecida devoção a Nossa Senhora, homens como S. Bernardo, Sto. Alberto Magno, S. Boaventura e S. Tomás tiveram dificuldade em admitir a Imaculada Conceição, porque era difícil de conciliar com o dogma da universalidade da Redenção.
A solução do problema foi dada pelo beato Duns Escoto (séc. XIV), segundo o qual a Imaculada Conceição não exclui a Virgem Maria da redenção, porque ela foi preventivamente redimida pelo seu próprio Filho. Ela foi antecipadamente redimida e por conseguinte preparada para a sua divina maternidade. Esta explicação acabou por ser recebida na teologia e nas declarações do magistério.


D o g m a   d a   A s s u n ç ã o


O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus: “Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lúmen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamação do dogma: “Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte”. E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos: “O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio” (JPII, Julho-97).
O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.




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