domingo, 3 de agosto de 2014

Vida de pregação documentada


Foto: Ronald Mendes













Jornal - Diário de Santa Maria

Liciane Brun
Foto: Ronald Mendes


    Para muitos, pode ser que a pri­meira impressão ao olhar a foto acima tenha sido de que se trata de uma fotografia antiga. A ca­misa da cor do manto de Nossa Senhora, a imagem da santa carregada no ombro, o terço em punho e os passos deter­minados comprovam que se trata do diáco­no João Luiz Pozzobon. Mas, na foto, quem aparece é o filho dele, Humberto Pozzobon.

Aos 71 anos e portando uma semelhança surpreendente, ele foi escolhido para inter­pretar o pai num documentário. As cenas estão sendo gravadas na Região Central para comemorar o centenário da fundação do Movimento de Schoenstatt.

Em Santa Maria e na região, o diácono é considerado um dos maiores seguidores do movimento criado na Alemanha, durante a Iª Guerra Mundial, pelo padre José Kentenich. Para homenagear a data, um encontro ju­bilar está sendo preparado para 18 de outu­bro deste ano, em Schoenstatt, na Alemanha.
É onde será exibido o audiovisual.

0 documentário, que será exibido em Santa Maria na mesma data, no Santuário de Schoenstatt, começa com a história do diácono. Mas, passa, também, pela sua ju­ventude e vida familiar.
Em Santa Maria, a Irmã Nanci Meister está há cerca de dois meses captando e edi­tando o material sobre a trajetória de Pozzobon. A intenção é que sejam apresenta­dos momentos desde a infância do diácono até o começo da sua peregrinação. Já foram gravadas cenas na casa onde ele nasceu, em São João do Polêsine.
      
Em outras, ele apa­rece sobre o Vale do Menino Deus (conhe­cido também como a ponte da Garganta do Diabo, na BR-158).
Ir. Nanci conta que Pozzobon costumava peregrinar nas escolas e levar a imagem da Mãe Rainha até as crianças e suas famílias.
      
- Ele tinha muito contato com a juven­tude e com a sociedade. Era um homem muito simples - diz a Irmã Nanci.

Foto: Ronald MendesA semelhança de Humberto com o pai impressiona quem assiste as gravações. Esta é a terceira vez que ele interpreta o diácono e revive momentos de sua vida no audiovisual.

-Para mim foi tudo muito gratificante e emocionante. Fiquei sensibilizado em re­viver partes da vida do meu pai, e não teve como não lembrar dos momentos em que vivíamos juntos - relata Humberto.

Cenas do dia a dia também foram vividas

Entre os momentos mais marcantes das gravações, segundo Humberto, estão peque­nas cenas do dia a dia, como quando o pai ia até o açougue. Mas o momento de mais forte emoção, conforme ele, é a cena do atro­pelamento do diácono por um caminhão à caminho da missa no Santuário. 0 acidente resultou na morte de Pozzobon, em 1985.

-Ali revivi tudo aquilo. A confusão, a ambulância chegando, o socorro. Fica­mos totalmente emocionados - relembra Humberto.

Nas gravações, Humberto aparece com a imagem da Mãe Peregrina original, com a qual João Luiz chegou a caminhar mais de 140 mil quilômetros durante 35 anos. Em preparação ao ano jubilar, a imagem viajou por 22 santuários brasileiros.



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